domingo, novembro 26, 2006

Fonte da Vida

Darren Aronofsky comeu o pão que o diabo amassou pra
colocar esse projeto na tela. Ver as centenas de milhões de dólares que seriam gastos na produção irem embora, acompanhando Brad Pitt, quando ele optou pelo célebre épico Tróia (eeeeeeca!) não deve ter sido fácil. Mas a persistência do cara é inaceditável.
Deixar de lado os delírios épicos e fazer um filme mais intimista foi não só a solução pro orçamento, mas acabou colocando o foco na reflexão. Imagino que o mesmo filme em escala de épico, não teria o mesmo impacto. Ficamos alguns minutos depois do final sentados em silêncio absoluto olhando pros créditos. A reflexão sobre a vida e o sentido da morte é forte, e muito próxima a todo mundo.
O visual escuro do filme, o clima pesado e triste (muito triste esse filme), a música de fundo que fica beeeeeem no fundo... a barra pesa o tempo todo, a decepção está ali, rondando a trama, se anunciando.
Definitivamente não é um filme pra todo mundo. A crítica Americana desceu o malho, dizendo que o filme é incompreensível, monótono, maçante. Pode ser, mas por trás do filme há muito a ser visto e discutido. Não cabe aqui decodificar o filme, como gostam de fazer alguns afeitos à intelectualidade. É tomar coragem e ir ver, mergulhar de cabeça, prestar atenção nos detalhes e refletir muito. É desses filmes que não acabam no final!

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