sábado, setembro 09, 2006

Destroçando os dedos com o brinquedinho

Sábado de manhã. Hora de aproveitar o ócio danificando permanentemente as impressões digitais com as cordas do tal baixo vertical. Não sei se aprendo a tocar o troço, mas não ter impressões digitais pode ser útil.

sexta-feira, setembro 08, 2006

De magros cabeludos a carecas barrigudos

Ainda no assunto Slayer em BH: no final da apresentação do Chakal, olhei em volta e vi o bando de metaleiros "aposentados", o meu bando.
O metal em BH foi um movimento fantástico, que rendeu muita coisa boa. Foi trabalho daquela galera ali. Todo mundo contribuiu de algum jeito: como músico, escrevendo letras, traduzindo letras, respondendo cartas, escrevendo releases, desenhando capas de disco, cartazes e ilustrações diversas, indo aos ensaios, carregando, montando e desmontando o que quer que fosse, emprestando uma garagem ou um quartinho pra ensaio, apoiando, criticando...
Fizemos tudo isso por amor. Nenhuma grana saiu disso, na maior parte das vezes. Éramos remunerados só com amizade. E, apesar de todo tipo de rivalidade que rolou na época, ainda dá pra sentir um espírito de união ali, uma coisa que a molecada que toca o barco do metal hoje não vai encontrar nunca. Na selvageria dos direitos autorais da nossa época, não há mais espaço pra esse tipo de coisa...
Sem nostalgia. É pura constatação.

Slayer em BH

Bom, ir onde quer que seja pra dizer que o show foi muito bom é, no mínimo, chover no molhado. É lógico que depois de quase vinte anos ouvindo Araya, King, Hanneman e Lombardo a gente fica meio suspeito pra comentar o primeiro encontro ao vivo e em cores. Começou meio esquisito, embolado e com o som meio baixo, mas lá pela terceira música nosso fiel Stanley já tinha resolvido o problema. E foi isso tudo que a gente esperava. Ou quase. Não esperava que o Tom Araya fosse tão gentil, humilde e educado. Cara bacana, bem diferente do que imaginava.Valeu. Lavamos a alma. Valeu dirigir os mais de 1500 km (ida e volta). O pescoço tá meio travado até hoje, e ainda dói fazer certos movimentos. Mas é o preço.

quinta-feira, setembro 07, 2006

A muié dend'água


É certo que eu sou um cara do tipo manteiga-derretida-que-chora-até-em-propaganda-de-gelol, mas achei o filme emocionante. Pra não dizer muito, tem um time bacana de personagens esquisitos, mas possíveis, num estória bem legal. Um conto de fadas, como prometia o subtítulo, desses que faz a gente pensar um pouco, mas nada muito profundo. Uma estória do tipo que a gente precisa ver de vez em quando, pra ver que o mundo não é só desgraça, mas que também não é só a gente!

O começo do fim


Sete de setembro parece um bom dia pra começar. Foi nesse dia, há quinze anos que minha família começou oficialmente. John Lord entrando com a noiva, eu de terno rosa, montes de cabeludos com os micróbios devidamente amarrados na cintura, oficializando uma bagunça que começou no show do Eric Clapton, quase um ano antes.
Encaramos dezenas de shows de todo tipo de rock, dificuldades financeiras muitas, aprendemos a ser pais, largamos tudo e fomos pra longe de todos. Ainda estamos juntos, o que é bom sinal.
Sentado aqui, vendo o mesmo Clapton, tão mais velho quanto eu, penso no nosso futuro, e vejo que não sou vidente. Então, deixo pra lá e curto o presente.
Uma mulher fantástica, um filho do metal, e uma cadela bacaninha. Preciso de mais alguma coisa?