sábado, outubro 14, 2006

Adeus, Torrentleech

Depois de "lutar" contra todas as adversidades conectivas do mundo dos torrents, fui finalmente banido do torrentleech (depois de três semanas). Fiquei um pouco decepcionado, principalmente porque mantive compartilhados todos os arquivos que baixei de lá 24 horas por dia, e mesmo assim não consegui manter a relação download x upload ao meu favor. Acabei observando alguns aspectos interessantes:

- O Torrentleech mantém o registro dos arquivos que você compartilha, mas isso de nada vale na classificação do usuário, ou seja, se ninguém se interessar pelo que você mantém compartilhado, de nada adianta compartilhar um monte de coisas;

- Se você não se interessa pelos arquivos mais disputados, na crista da onda do download, vai se dar mal, porque arquivos mais antigos tem grande disponibilidade e são menos disputados, ou seja, você baixa rapidinho, mas ninguém copia de você, e aí, adeus rating;

-Se você não acessa o site com freqüência não vai saber que seu rating está baixo e que está na berlinda;

Mandei uma mensagem pra eles fazendo essas observações, que, provavelmente, não será lida.

Se alguém souber de uma outra comunidade de torrents que seja confiável e que tenha arquivos criptografados, agradeço um convite.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Dália Negra


A obra do James Ellroy foi o tema da minha tese de mestrado. Brian DePalma é (será?) o cineasta de que mais gosto (minha videoteca que o diga!). Conclusão: Dália Negra seria um grande favorito ao posto de meu filme favorito favoritíssimo de todos os tempos. Eu mesmo pensei isso, e, confesso, esperei por isso. Até ver o filme. Decepção talvez seja muito forte para descrever minha reação, mas não fica longe disso. O filme é muito bem feito, técnica e esteticamente impecável, mas acho que faltou alguma coisa. O livro tem um clima pesado e obsessivo, que não passou para o filme. No livro, o sentimento de decadência da Los Angeles pós-guerra, em contraponto ao boom de desenvolvimento alardeado na época, permeia toda a trama e, de certa forma o assassinato de Elizabeth Short e o desmantelamento parcial do gigantesco sinal HOLYWOODLAND (evento que não é nem citado no filme) são marcos de um momento na história em que as coisas passaram a correr ladeira abaixo. O filme nem toca no assunto.
Adaptar Ellroy para o cinema é um trabalho ingrato. Tudo que ele escreve tem 500 personagens, dezenas de tramas e subtramas correndo em paralelo, e uma verborragia incontrolável. Peneirar a essência é muito difícil, principalmente quando esta verborragia tem um impacto fundamental no leitor. É verdade que muitos dos diálogos foram transpostos ipsis literis, mas outros foram fortemente simplificados. Outra coisa que me incomodou foi a alteração de alguns eventos da trama. Na adaptação, muitas vezes é necessários condensar vários acontecimentos em uma só cena, ou fazer um personagem executar as ações de vários outros, para acelerar a trama. Mas criar um novo ambiente, uma nova situação em momento completamente diverso para um evento-chave na trama é injustificável. Chegar a uma solução como que por mágica, também não me agrada. Diz a lenda que o corte original do filme tinha mais de três horas. Quem sabe no DVD...
Dália Negra é um bom filme, mas não é um grande filme, e, possivelmente, não vai agradar os admiradores de James Ellroy. Como li por aí, talvez David Fincher não devesse ter abandonado o projeto...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Sai Plutão, entra...


Foi anunciada hoje, no 38th Annual Division of Planetary Sciences Meeting em Pasadena, California, a existência de um planeta orbitando a estrela Epsilon-Eridani. É um momento a ser lembrado. Daqui pra frente, tudo vai ser diferente...
A descoberta deve muito às imagens captadas pelo telescópio Hubble (êta negós bacana, sô!)