quarta-feira, outubro 04, 2006

Here they come... here they come...

PRIMUS. Tiveram um papel importantíssimo na minha vida. Entre outras coisas me mostraram a complexidade da mente feminina. Explico: foi no show do Faith no More, na semana em que o Gordo tinha acabado de arrumar o Sailing in the seas of cheese; estávamos como que possuídos pelo espírito de Les, Larry e Tim; usamos todos os momentos de pausa sonora entoando o chorus de Here come the bastards; Minha adorável esposa, com sua adorável e enorme barriga que continha nosso adorável e ainda não nascido filho, chegou ao final da noite à beira da histeria, do tipo "PELAMORDEDEUSPAREMDECANTARESSAMERDA!"; meses depois cedeu aos encantos rítmicos do PRIMUS, e virou uma tremenda fã! Obviamente, Yuri já nasceu fã de PRIMUS. Essa música que definimos aqui como "o som mais estranho que te faz pular" (ou seja, mais estranho que isso, nem música deve ser...) é unanimidade aqui em casa. Ouvir PRIMUS é uma das atividades absolutamente familiares que temos em nosso currículo (se uns colegas daqui souberem disso, provavelmente param de vir aqui em casa!).
Esse DVD, obviamente, já estava na minha lista de aquisições para um futuro próximo. Aí vem meu primo-quase-irmão Marcelo e me manda o DVD. Depois me cobram que não consigo executar o que planejo. Impossível, com esse tipo de influência externa.
Show de 2004, com a formação original (Les, Larry & Tim), com 2h35min, com uma breve seleção de músicas diversas e o Frizzle Fry completo, de cabo a rabo! Nunca tinha visto uma música completa do PRIMUS ao vivo, só fragmentos. Nem consegui acabar de assistir pra vir postar aqui. Provavelmente a baba no teclado vai trazer conseqüências desastrosas, mas não me segurei. Estou em estado de graça. Marcelão, ainda bem que cê tá em Vitória, senão ia levar um beijo na boca!
Obs.: Segundo a Alê, o Gordo está a cada dia mais parecido com o Les Claypool (cuidado, Soraya!)
Obs 2: ainda não acabou e continuo babando!
Obs 3: o som do Carruthers é de virar as tripas! pena que parece uma peça de mobília de casa de avó...

terça-feira, outubro 03, 2006

Os filmes que você não viu - O Gigante de Ferro


Ao acabar de assistir "O Gigante de Ferro" (Warner,1999), fiquei com a cabeça cheia de perguntas. Como é que pode um filme como esse ficar fora do circuito comercial? Logo do começo, percebe-se que esse não é um desenho animado qualquer: "O Gigante de Ferro" é um bom filme. Adaptado do livro de Ted Hughes (escritor, marido de Sylvia Plath), pelo genial diretor/roteirista Brad Bird (que hoje já tem em seu currículo o fantástico "Os Incríveis") o filme trata do velho tema do medo do desconhecido de uma forma criativa e agradável, com diálogos bem escritos e um visual surpreendente. Abrir mão dos números musicais, tão comuns à época nas animações de grandes estúdios Norte-Americanos foi um decisão acertada: lembro da incrível a sensação de passar oitenta minutos diante de uma animação de primeira sem ter que ouvir um número musical sequer. Não que não existam músicas no filme, mas elas estão inseridas em forma de trilha musical, como outros filmes, e não interpretadas pelos personagens. Falando em personagens, "O Gigante de Ferro" tem um grupo fantástico: o garoto, cheio de fantasias que ele vê se tornarem realidade; o artista, pioneiro na reciclagem (a estória se passa nos anos 50); o agente do governo, uma espécie de reflexo negativo do garoto, vendo seus medos se tornarem reais. Desenhados com traços agradáveis, levemente caricatos mas perfeitamente encaixados com o realismo da animação, os personagens permitem uma identificação do público: que garoto de dez anos não gostaria de um amigo de metal com trinta metros de altura (ah, Frankenstein Jr...)? A animação é primorosa, conseguindo uma fusão perfeita de animação convencional e CGI, num resultado muito superior a, por exemplo, "Titan A.E. " (Fox,2000). "O Gigante de Ferro" consegue aproveitar tudo que a tecnologia oferece sem colocar na tela imagens que gritem "ÊI, ESTAMOS USANDO O QUE HÁ DE MAIS MODERNO EM ANIMAÇÃO". A tecnologia empregada na realização do filme está antes a serviço da estória, e não o contrário, como estamos infelizmente vendo em tantos filmes produzidos recentemente (só pra citar um, "Dinossauro" da Disney nem se preocupou em criar uma estória, apenas copiou descaradamente a série "Em busca do Vale Encantado" de Don Bluth, e, ironia do destino, foi provavelmente uma das causas mais forte do fracasso de "Titan A.E.", do mesmo Bluth). "O Gigante de Ferro" não é um filme revolucionário, nem vai ser um marco na história do cinema, mas, certamente é um filme que muitos pais teriam prazer de assistir no cinema junto com seus filhos. Eu teria, se as distribuidoras tivessem me dado essa chance. Graças ao Criador pelo o DVD!

Boa noite, e boa sorte


Dentro do momento histórico em que estamos vivendo, "Boa noite e boa sorte", vem bem a calhar. Contando a história dos homens que tiveram a coragem de abrir os olhos dos cidadãos Americanos para os abusos do Senador McCarthy e sua caça às bruxas, o filme pode nos abrir os olhos para situações semelhantes que testemunhamos hoje, em que qualquer boato tem peso de prova na condenação de pessoas, seja pela imprensa, seja pelos políticos. É triste ver que, quarenta e sete anos depois do discurso proferido por Edward Murrow nos minutos finais do filme, optamos por deixar que a televisão, com todas as possibilidades maravilhosas que apresenta, seja apenas "uma caixa com fios e luzes".

domingo, outubro 01, 2006

Eleições

Na escola onde votamos, eram três seções. Quando chegamos, duas estavam absolutamente vazias, e uma com uma fila bem grande. Adivinhem qual era a nossa?

Tivemos alguma dificuldade em localizar nosso local de votação: algumas seções tiveram alteração de endereço, e, um documento meio confuso em pdf, que baixamos do TREDF, dava a entender que a nossa era uma delas. Na dúvida, descobrimos por telefone que não havíamos mudado.

A organização aqui no DF é que é nota 10: uma feira de automóveis usados nas ruas em volta da escola inviabilizou o acesso ao local na parte da manhã, o que provavelmente contribuiu para a fila que encontramos na hora dol almoço.

Incrível a quantidade de gente que vimos na rua fazendo todo tipo de propaganda eleitoral. Incrível a ausência de "autoridades" na rua recolhendo esse pessoal, como deveria ser...