segunda-feira, dezembro 25, 2006

O mar não está para cão.


Pix foi à praia. Achou ótimo. Correu como uma maluca pela areia. Deslumbrou-se com o kite-surf. Descobriu o sabor das algas, da areia e de outras coisas não identificadas. Ficou ali maravilhada até descobrir que o mar era líquido. A reação do primeiro contato não se descreve em palavras, mas envolveu saltos e piruetas inexeqüíveis. Ainda resultou num técnica bem particular de correr para trás. Pena que não tinha filmadora pra registrar.

O novo Bond, de novo

Não gostei quando escolheram Daniel Craig pra substituir Pierce Brosnan. Curto James Bond desde antes de eu ser gente, e, pra mim, Brosnan tava pau a pau com sir Sean Connery. Mas, aparentemente, minha opinião não foi levada em conta na escolha.
Fomos ver o filme no dia da estréia, e não é que é bem supimpa. O personagem ficou muito diferente, não sei se por limitação do Daniel Craig, ou porque resolveram mudar mesmo, mas o filme é muito bem feito, e me segurou fácil até o fim. Até a Alê, que nunca gostou de 007, saiu falando bem.
Em tempo,  a perseguição na construção, com parcour e tudo, é das seqüências de ação mais empolgantes que eu já vi!

Filhos da esperança

Filhos da esperança. Não é um título que normalmente me levaria ao cinema, mas Alfonso Cuarón me fez gostar de Harry Potter.
Tá lá na tela um mundo podre, cheio de preconceitos e segregação social, terrorismo e intolerância, desigualdades mil... o fato de a humanidade estar impossibilitada de se reproduzir é um mero detalhe. O cenário é muito real e próximo do que estamos vivendo, e, possivelmente, nosso destino futuro, caso não comecemos a pensar diferente logo logo. Coisa de gente doida! (ou seja, nós mesmos). O único sinal de esperança é que as legítimas Havaianas, que não deformam, não soltam as tiras, e não têm cheiro, ainda estarão por aí após o fim do mundo.
Detalhe. Há pouco tempo, em Entrando numa fria maior ainda, vi minha sogra bem retratada na personagem de Barbra Streisand (se parecem até fisicamente). Em Filhos da esperança foi a vez do meu sogro, no personagem de Michael Caine. É a arte imitando a minha vida.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Aardman não é mais aquela?

Antes de mais nada sou fanzaço da Aardman desde sempre. Vi Wallace & Grommit pela primeira vez numa entrega do Oscar e pirei: como é que aqueles caras conseguiam fazer aquilo tudo com bonecos e massinha? É, no mínimo, impressionante. "Fuga das Galinhas", além de tudo que já tinha visto nos curtas do W&G, era uma refilmagem disfarçada de "Fugindo do Inferno", um filmaço daqueles que a gente nunca esquece. A glória definitiva vem com "A maldição do coelhosomem" (que conseguiram colocar o título oficial de "A batalha dos vegetais"; alguém viu alguma batalha no filme?). W&G na telona, em um longa que não perdeu o pique, como geralmente acontece quando transformam animações de formato curto em longa-metragem.
Flushed Away Small

E aí, "Por água abaixo". Pra começar, o stop-motion foi substituído por CGI, metade do charme foi embora (seria trauma resultante do incêndio no galpão da Aardman que queimou todos os bonecos que eles já tinham feito?). A estória é legal, mas longe de todos os supra-citados. O humor ficou muito no pastelão: muitos tombos e cabeçadas e coisas do gênero. A diversão mesmo fica por conta das incontáveis referências aos outros da Aardman, e a ícones culturais diversos. De nada adiantam a dublagem por Hugh Jackman e Kate Winslet, se as vozes originais não chegam até nós!
Em resumo, legal, mas podia ser melhor.
Reparei que o nome do Nick Park não aparece nos créditos, só o do Peter Lord. Quem sabe ainda há esperança quando Park aparecer de novo

quinta-feira, dezembro 07, 2006

O hospício e o circo

É uma piadinha que sempre faço sobre minha turma: se cercarem nosso prédio, vira horpício, se jogarem uma lona por cima, vira circo.
A parte da loucura, está sempre clara. Nós, que trabalhamos com tecnologia da informação, somos loucos por esse negócio, não vivemos sem isso. Não tem cura.
A parte do circo, deixa dúvidas. Alguns, chegam a perguntar se estou chamando alguém de palhaço. Longe disso. Bom, pelo menos, longe da conotação pejorativa da palavra palhaço.
As dificuldades que enfrentamos em nossa profissão nos leva a desenvolver múltiplas habilidades circenses. Somos equilibristas, correndo sobre a corda bamba do ambiente. Somos malabaristas, mantendo centenas de pratos suspensos naquelas varetas compridas e fininhas. Domamos feras cada vez mais ferozes e vorazes. Saltamos do trapézio no vazio, sabendo que não há rede lá em baixo, e esperando que o colega trapezista nos segure do outro lado. Fazemos todo tipo de acrobacia, contornando todo tipo de obstáculo. Dependemos de muita mágica para fazer acontecer o que esperam de nós. E sim, algumas vezes pensamos em colocar o nariz vermelho.
Tudo isso me parece inevitável. Mas é tudo isso que nos faz o que somos.

depois do muquifo

nem comentei aqui do muquifo em que me hospedaram na segunda-feira. Agora já passou. O hotel agora é muito mais bacana. Sacanagem é a gente ficar enfurnado em uma sala no subsolo, com aquele marzãozulão lá fora. Ainda querem me arrastar pra uma show da Beth Carvalho na quadra da Mangueira. Bom, não vou nem ver The Cult. Beth Carvalho não tem chance. Vou, provavelmente, passar a noite acertando minha apresentação para amanhã cedo.

domingo, dezembro 03, 2006

Como vivi sem isso até hoje?


Usb Rocket Launcher
As inúmeras utilidades de um lança-mísseis USB o tornam uma ferramenta indispensável para o profissional moderno. Sua supremacia no ambiente do escritório jamais será questionada. É o acessório que diz quem manda!

sábado, dezembro 02, 2006

Del Toro é maluco

Illabirintodelfauno Que contos de fadas são coisas absurdamente assustadoras, todo mundo sabe. Estórias das mais inocentes, tipo João e Maria, estão infestadas de coisas tipo abandono de crianças, seqüestro, trabalho escravo, encarceramento, tortura, assassinato...
"O labirinto do fauno" parecia um filme razoavelmente inocente no trailer: uma menininha precisa cumprir três tarefas para se tornar a princesa do mágico mundo subterrâneo. Mas, coloque a estória na Espanha pós guerra civil, junto de um pelotão do exército que procura terroristas em uma região rural. Adicione um capitão absurdamente sádico, e a mãe da menininha que, vendo uma maneira de ter alguma esperança na vida, se casa com o infeliz.
Não é um filme para crianças. Muito violento, muito explícito, uma clima muito ruim o tempo todo, os monstros são assustadores demais para os pequenos... filme pra gente grande. Visual bacana (as noites nos filmes dele são tão azuis), estória muito boa e muito bem contada. Del Toro é outro que ainda não pisou na bola. E tomara que continue assim. Diz a lenda que o próximo trabalho dele é levar "Nas montanhas da loucura", do Lovecraft, pro cinema. DUCA!

A partir de

Esse é um golpe que tá por todo lado, as promoções "a partir de". Você vê o cartaz anunciando, digamos, CDs "a partir de" R$ 9,90, chega lá e não acha nada nesse preço, tudo a R$ 29,90, R$ 39,90... aí, sente que perdeu tempo à tôa. Hoje fui comprar uma camisa numa promoção "a partir de" R$ 19,90. A dita cuja estava sem etiqueta de preço, outra coisa que me irrita. Quando apareceu a etiqueta, o preço era R$ 35,90. Reclamei do "a partir de", e a moça disse que os preços variavam por causa da cor. Voltei lá e peguei pra ela ver quatro camisas do mesmo modelo e da mesma cor, diferente da que eu estava levando, com etiquetas de preço que diziam R$ 19,90, R$ 24,90, R$ 29,90 e R$ 35,90. Argumentei que a loja era uma bagunça e que eles se aproveitavam disso para escolher o maior preço para cobrar do cliente. A moça, constrangida, me vendeu a camisa por R$ 19,90.
Bem que o tal CDC podia proibir o "a partir de". Por quê não colocar "preço máximo de..."? Aí sim a coisa fica com cara de promoção!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

The Cult

The Cult no Brasil na próxima semana. Vão tocar até em BH. Engraçado que, quando morávamos em BH, ninguém tocava lá. Bom, dia 8 tocam no RJ, e eu, coincidentemente, vou estar lá. Pensando se vale a pena ir ver.
O caso é que tenho aqui um DVD do Cult ao vivo, e o desempenho do Ian Astbury é de dar dó. Vou resolver quando chegar lá...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Verdade virtual

Inaugurei hoje o "verdade virtual" um blog que defende a inexistência da verdade. Reflexo do que Jean Baudrillard e Noam Chomsky têm feito com minha cabeça...

Séries: balanço

Séries
Lost: Que porre. Interrompido até fevereiro. Só deram uma pausa na encheção de lingüiça. Será que vou me lembrar de continuar a ver essa coisa em fevereiro?
Jericho: Ainda acho estranho os efeitos da radiação estarem tão restritos. O pique já caiu muito, e algumas soluções, como a expulsão dos mercenários, me deixaram assim, meio, tipo, "ah, tá bom!".
Masters of horror: O primeiro episódio tinha Tobe Hooper e Richard Matheson, mas ainda não vi. Os outros dois, de master não tinham nada; muito fraco, principalmente se comparado com a primeira temporada.
Heroes: muito bom; apesar da semelhança com X-men e 4400, está muito bem conduzido e mantendo o pique; ainda dá vontade de saber o que acontece com o japonês que controla o tempo e o espaço, o candidato voador, a líder de torcida invulnerável, o irmão do candidato que absorve os poderes de quem está perto, o policial telepata, a Sra. Jeckill / Sra. Hide,, o pintor junkie que prevê o futuro, e o negão apagador de memórias. MUITO legal!

(lost in the supermarket) 28 day later

De novo no supermercado. Enquanto tirava as compras do carrinho, no caixa, um cidadão insistia em arrumar as revistas no display. Vinha com um punhado de revistas nas mão, me interrompia, colocava as revistas na estante, saía, pegava mais revistas, voltava, me interrompia... lá pela quarta interrupção perguntei se ele não percebia que estava atrapalhando. O rapaz ficou MUITO ofendido, e saiu resmungando. O cliente, sempre, em último lugar...
Pra quem perguntou por quê coloco alguns títulos em inglês, respondo: quando o inglês tem alguma relevância. Neste caso, Lost in the Supermarket é uma música do Clash; 28 days later, um filme do Danny Boyle

Ecto

Comecei a experimentar um ferramenta de plublicação, que me permite escrever offline, depois publica quando estiver conectado. Se funcionnar direito, pode ser muito bom: tenho umas idéias quando estou trabalhando, e lá o Blogger é bloqueado. Ainda tenho 11 dias de teste antes de ter que pagar pelo programa!

terça-feira, novembro 28, 2006

Ninjas do Trânsito, a ressurreição

O Ninjas do Trânsito ressurgiu do limbo em que esteve por muito tempo, com uma mãozinha dos técnicos do Blogger. Está ativo, com novos aspectos pitorescos do trânsito da capital federal. Passe lá (tem um link à direita, no "Vale a pena ver"), veja, ria, chore, comente...

domingo, novembro 26, 2006

Seriados sem fim

Li em algum lugar que os seriados do tipo Lost, que não fecham uma estória por episódio, seriam uma tendência. O artigo elogiava a proposta, dizendo que, assim, havia a possibilidade de uma maior desenvolvimento dos persongens, trazendo uma riqueza nunca antes vista no mundo dos seriados. Pode ser. Porém, quando os criadores de Lost afirmam que têm planos para seis anos de seriado, a coisa aperta. Quem ainda não percebem o alto índice de encheção de lingüiça? Na segunda temporada foram pelo menos uns 10 capítulos sem nenhum acontecimento relevante. E tem mais. Se o desempenho junto à audiência não é satisfatório, o seriado simplesmente sai do ar, e o espectador fica com um monte de coisas sem explicação, como foi o caso do infeliz Surface. Os seriados com estórias fechadas em cada episódio, ou mesmo com arcos de estórias curtos, não padecem deste problema e, a meu ver, se bem trabalhdos, como Arquivo X ou Eureka, também têm espaço para o desenvolvimento de persongens. Demorar seis anos para contar um estória requer uma quantidade de talento que não se encontra todo dia.

Comida?


Comer está tão intimamente relacionado com a sobrevivência que, por muitas vezes nos esquecemos de considerar os vários aspectos agradáveis que a comida pode ter. Na foto uma amostra da obra da Dolores, carinhosamente batizada pelo Salim de bananá avec mangá amorá.

Fonte da Vida

Darren Aronofsky comeu o pão que o diabo amassou pra
colocar esse projeto na tela. Ver as centenas de milhões de dólares que seriam gastos na produção irem embora, acompanhando Brad Pitt, quando ele optou pelo célebre épico Tróia (eeeeeeca!) não deve ter sido fácil. Mas a persistência do cara é inaceditável.
Deixar de lado os delírios épicos e fazer um filme mais intimista foi não só a solução pro orçamento, mas acabou colocando o foco na reflexão. Imagino que o mesmo filme em escala de épico, não teria o mesmo impacto. Ficamos alguns minutos depois do final sentados em silêncio absoluto olhando pros créditos. A reflexão sobre a vida e o sentido da morte é forte, e muito próxima a todo mundo.
O visual escuro do filme, o clima pesado e triste (muito triste esse filme), a música de fundo que fica beeeeeem no fundo... a barra pesa o tempo todo, a decepção está ali, rondando a trama, se anunciando.
Definitivamente não é um filme pra todo mundo. A crítica Americana desceu o malho, dizendo que o filme é incompreensível, monótono, maçante. Pode ser, mas por trás do filme há muito a ser visto e discutido. Não cabe aqui decodificar o filme, como gostam de fazer alguns afeitos à intelectualidade. É tomar coragem e ir ver, mergulhar de cabeça, prestar atenção nos detalhes e refletir muito. É desses filmes que não acabam no final!

quinta-feira, novembro 23, 2006

O homem de palha (2)

Apesar dos alertas do meu sexto-sentido, acabei indo assistir "O sacrifício", e descobri que o título infeliz, que estraga metade da surpresa do filme, é o menor dos problemas. Me esforcei para tirar o filme original da cabeça e não fazer comparações.
O filme, apesar de bem feito, não empolga em nenhum momento. A sociedade da ilha é exageradamente esquisita, ao ponto de você pensar desde o primeiro momento que é o tipo de gente que teria o sacrifício humano como prática diária e trivial, o que mata todas as "revelações" da trama. Sem contar as pontas soltas na trama, as perguntas sem resposta:

- por quê os homens da ilha não falam?

- O que as abelhas tem a ver com o que quer que seja que aconteceu no filme?

- E a mais significativa, o quê eu fui fazer no cinema?

Mud Trek

Episódio de jornada nas estrelas no ar, neste momento. Spock tem um acesso de riso sentado ao lado de um anão, dentro de um templo greco-romano; em seguida, o anão cavalga o capitão Kirk, que relincha incessantemente, e muito mal... Com todo respeito ao meu amigo Gordo, que lama!

domingo, novembro 19, 2006

O peso do pão

Uma das coisas mais estapafúrdias que ouvi nos últimos dias foi que os consumidores não haviam aprovado o pão francês vendido por peso, uma vez que estavam gastando mais. Por favor, consumidores, o que aconteceu foi que as padarias, mui malandramente, aumentaram o preço! Não perceberam? Aqui perto de casa o pãozinho francês de supostos 50g custava R$ 0,25; por peso, está sendo vendido a R$ 5,60. numa conta rápida, cada 50g de pão agora custam R$ 0,28. É impossível ser desvantajoso comprar pão por peso porque é impossivel a uniformidade no peso do pão: há sempre uma variação não uniforme decorrente do próprio processo de fabricação. A massa crua perde peso no forno, e não há como dizer exatamente o quanto. A única desvantagem é a malandragem das padarias!

sábado, novembro 18, 2006

Shopping Center e estacionamento

Ao pagar o estacionamento na saída de um shopping center, a atendente me pergunta se não tinha o valor trocado. Diante da minha negativa ela manda um sonoro "assim não é possível". O que não é possível é gastar R$ 200 em compras num shopping e ainda ter que pagar o estacionamento. Até entendo que o estacionamento não possa ser liberado para que não seja utilizado por pessoas que não estão ali fazendo compras ou utilizando os serviços do shopping, mas pagar ingresso para comprar é ridículo. Em tempo, alguém acha que o custo da estrutura do shopping não está embutido no preço das mercadorias e serviços?

Gordo x Dado

Tá fazendo um barulho danado o tal vídeo da confusão entre o Gordo e o tal Dado Dolabella no Gordo a Go-Go, três anos atrás.
Conheci o Gordo quando ele andava por BH, lá pelo final dos '80. Tivemos umas conversas legais, e ele até me ajudou em alguns assuntos. Essa questão de trair o movimento, pra mim, é coisa de quem não cresceu. As coisas mudam, as pessoas mudam. Vai saber o que aconteceu na cabeça dele. A meu ver, ainda é o mesmo cara que fala o que sente sem pensar muito.
Quanto ao tal Dado, é um moleque que fica posando de BadBoy (ou BadPlayboy) pra chamar a atenção, a julgar pela quantidade de coisas que se vê na mídia sobre o coitado. Ator medíocre, músico (!?!), irresponsável, bobinho... quanto mais atenção derem ao menino, mais levadezas vai cometer. Como aquelas crianças chatas que ficam fazendo birra em público e envergonhando os pais.
Pena mesmo é que eu tinha a Luana Piovani em melhor conta.
Pior de tudo é a gente ficar perdendo tempo vendo e discutindo esse tipo de coisa!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Scorsese, meu chapa!


Quem me conhece sabe o quanto gosto dos filmes do Scorsese. O touro indomável foi o filme que abriu minha cabeça pros filmes "sérios". De lá pra cá, aplaudi tudo que o cara fez. Porém, já faz tempo que ele tem se preocupado mais com Oscar do que com fazer filmes. Gangues de Nova York e O aviador são filmes de Scorsese, e ao mesmo tempo, não são. São bons filmes que me decepcionaram.
Já cantaram aos quatro ventos que Os infiltrados é Scorsese voltando ao que ele faz melhor: estórias de gangsters. Caminhos violentos, Bons companheiros, Cassino, são "a cara" dele.
Podem dizer o que quiserem de Leonardo DiCaprio, mas Scorsese está fazendo dele o novo Robert DeNiro. Em alguns momentos do filme é como se DeNiro tivesse reencarnado em vida no DiCaprio. Impressionante!
Todos os personagens de Jack Nicholson parecem o mesmo, o que podemos chamar de "estilo Jack Nicholson". O "estilo" coube direitinho em Frank Costello: um gangster de arrepiar os cabelos.
Matt Damon e Charlie Sheen (que substituiu DeNiro), competentes como sempre. Mark Wahlberg (o Marky Mark) virou ator de verdade. Até Alec Baldwin mandou bem!
A estória é bem pesada, cheia de passagens bem violentas e viradas bem colocadas (sem exageros, sem forçação de barra), contada linearmente, sem flashbacks e outras complicações que não agradam o público Americano, bem ao estilo Scorsese. Edição sem frescuras da Thelma Schoonmaker (gente boa!).
Me incomodou um pouco a fotografia (é digital, não é?) do Michael Ballhaus: meio serrilhada, sei lá. Se for digital, gostei mais do resultado de Miami Vice.
Saí feliz do cinema, com vontade de ver o original Chinês (sim, é outra refilmagem), mas talvez nem veja: Cabo do Medo foi uma refilmagem que transformou um filme de segunda em um grande filme. Se for o mesmo caso, talvez seja melhor nem perder tempo!
Em tempo: agora que o Scorsese deixou de se preocupar em fazer "filme pra ganhar Oscar", quem sabe não leva um por fazer o que sabe fazer como ninguém?
Ah, prestem atenção em I'm shipping up to Boston, do Dropkick Murphys: mistura de hardcore com música folclórica Irlandesa! Só ouvindo pra entender o quanto é bom!

terça-feira, novembro 14, 2006

Séries de férias

Alguma coisa não cheira bem no mundo das séries. Lost sai do ar até fevereiro; Jericho vai até o episódio 11 e também sai do ar, até fevereiro. Considerando o formato das séries, que não tem estórias fechadas por episódio, não me parece uma boa estratégia. Quem já está de saco cheio da encheção de lingüiça em Lost vai voltar em fevereiro com algum entusiasmo pelo negócio. Acho que os donos da coisa estão confiando demais no taco.

Warfare Noise


Bom, apesar de estar em BH no final de semana, não consegui ir ao Warfare Noise; nem preciso dizer como me sinto a respeito... Vou tentar compensar indo a Goiânia pra ver o Chakalzão no sábado (18/11). O WitchHammer a gente espera; a gente espera também que o Paulinho avise quando vier por estas bandas...

Galo


Ver BH em preto e branco no final de semana me encheu de orgulho. A torcida atleticana está dando um exemplo bacana de como se levanta um time, apesar da administração totalmente incopetente que quase o levou à ruína. Vi pelas ruas todo tipo de camisa e bandeira do Galo que já existiu. Que este exemplo leve os dirigentes a entender a responsabilidade que tem por tocar uma instituição do futebol.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Ingrês

O ingrês está cada vez mais popular pelo Pindorama afora. Para quem não sabe, Ingrês é uma língua morta (de vergonha) que circula aí pela boca (e caneta, e computador...) da mané-zada em geral, que acha bonito dizer (e escrever) coisas em língua estrangeira, e faz isso constantemente, nem que para isso tenha que inventar uma língua nova, com gramática totalmente original, e semântica colorida. A foto é de uma camiseta de griffe, ou seja, não é para qualquer um. Repare na criatividade do autor... (foto: drews; modelo: Saló)

terça-feira, novembro 07, 2006

O ataque de Mao Azeredong

Como eu sabia que o Gordo ia postar, e que ele escreve muito melhor que eu sobre o assunto, esperei (pouco) e lá está, no macarronada o surto psicótico do Mao Azeredong sobre o controle da Internet. Leiam, reflitam, discutam: é o NOSSO futuro que está em jogo!

Adiós Orkut!

Depois de uma longa e profunda jornada de auto-conhecimento e reflexão cheguei à sólida conclusão de que só acessava o ORKUT para apagar mensagens de SPAM. Bom, talvez não. Na verdade estimo que uns 6% das mensagens que recebia eram pra mim mesmo. O resto, lixo. Além disso, nas comunidades, para cada mensagem relevante havia pelo menos 6 adolescentes peladinhas nas webcam, 8 fotos da suruba dos rebeldes, 20 fotos dos rebeldes em mil pedaços depois do acidente de avião que sofreram, 50 dizendo como meu candidato era um ladrão safado, 60 dizendo que meu candidato era o cristo reencarnado, 90 me apresentando quem ia me tirar da pindaíba e pagar todas as minhas dívidas, 180 que me mostravam como conseguir créditos grátis para meu celular, 800 dizendo como aquela outra comunidade era muito melhor que esta... resumo: tenho mais o que fazer da minha vida.
O Orkut foi legal, me possibilitou encontrar pessoas desaparecidas da minha vida há séculos, saber como estavam e o que tinham feito. Só que acabou. Estragaram o negócio. Quando comecei a receber mensagens estranhas, de pessoas que nunca tinha sequer ouvido falar me ofendendo de todas as formas, vi que tinha chegado a hora. Espero encontrar um meio de manter contato com todos aqueles que encontrei.

It's Aliiiiiiiiiiiiiiive!


Back from the dead, ói nóis aqui travêis! Esse negócio de Blog é meio viciante. Passei esses dias todos numa ansiedade besta, e agora, nada pra escrever. Aliás, tenho pra escrever no Ninjas, que ainda anda pelo limbo. Paciência. Daqui a pouco aparece uma idéia.

domingo, novembro 05, 2006

Mágica!



Desde pequeno sou fascinado por mágicos. Passava horas e horas em casa imitando os movimentos dos mágicos que via na TV ou, mais raramente, no circo. Dos mágicos da infância, nem lembro do nome; David Copperfield veio depois, mas só pela TV, com muitos efeitos de câmera e edição... David Blaine é um que tem me impressionado nos últimos tempos (mesmo pela TV).
No século XIX a coisa era diferente. Não havia vídeo e edição digital. Os mágicos eram ajudados por espelhos, fumaça, iluminação e uma série de geringonças mecânicas. É desse tipo de mágico que trata o enredo de O Grande Truque.
Já está na hora de Christopher Nolan pisar na bola. Following, Memento, Insônia, Batman Begins, em todos ele acertou. E a pisada na bola não veio com O Grande Truque. A estória da rivalidade entre dois mágicos me lembrou Os Duelistas, do Ridley Scott, mas o clima tenso do filme deixa longe a semelhança. Christian Bale e Hugh Jackman muito bem, Scarlett Johansson desperdiçada. A não-linearidade da narrativa, que parecia um vício pós-moderno em Following e foi o principal destaque de Memento, está totalmente a serviço da trama, como em Batman Begins. Fugindo do maniqueísmo tão comum no cinemão americano, o filme tem personagens bem desenvolvidos, com motivações reveladas em doses homeopáticas. Sem correrias e abusos visuais, um filmaço que satisfaz, mesmo se você matar a charada antes do clímax

A condenação de Saddam e o futuro da meu correio eletrônico

Saddam Hussein foi condenado à morte por enforcamento. Já vou me preparar par receber centenas de e-mails com a foto do ex-ditador pendurado pelo pescoço. Você que leu este post, não precisa me mandar a tal foto. Não é o tipo de coisa que tem me interessado ultimamente.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Still lost in the supermarket



Uma coisa que tem me irritado são as mercadorias empilhadas nos corredores dos supermercados, obstruindo a passagem. Reclamei hoje com um empregado do supermercado, ele fez cara de quem não estava entendendo do que eu estava falando. Quando me referi às mercadorias no meio do caminho ele me disse que não estavam no meio. Expliquei para ele que se está entre duas coisas, está no meio. Acho que as fotos explicam melhor. Veja lá a parede de mercadorias impedindo a passagem. Na segunda foto, uma banca entre as gôndolas. Veja que o empregado ajeitando as mercadorias na banca praticamente impede a passagem de um dos lados. O empregado a quem dirigi a reclamação ficou bastante ofendido...

Lost in the supermarket

Feriadão, aproveitar pra fazer compras. Credo. Observei hoje no supermercado uma coisa inexplicável: os preços dos produtos são menores em embalagens menores, digo, proporcionalmente menores. Exemplo: um pacote de 5kg de açúcar por R$ 9,00; o pacote de 1kg R$ 1,75. O mesmo valeu para vários produtos. Quem explica?

terça-feira, outubro 31, 2006

Negócio da China


Vem da China, e os futuros donos vão ouvir aquelas piadinhas que assolam hoje os donos do Xsara Picasso. A Alê acha que deviam fazer um levantamento cultural antes de comercializar carros em cada país. Sei lá se adianta...
Foto e mais info no Flávio Gomes.

A "acuracidade" da língua.

Revisando um texto aqui, passei por esta aberração: "acuracidade". É dessas palavras que dão dor de dente no ouvido, como diria meu amigo Cabelo. Ainda desconfiando do meu instinto lingüístico, consultei o Houaiss e não encontrei a dita cuja. Ufa! "acuracidade" não faz parte do léxico. Então, vem de onde? Do mesmo lugar que o gerundismo: das traduções feitas por manés! Manés que entendem o inglês, mas não o suficiente para se prestar à tradução de um texto, e, ainda assim, o fazem (e muitas vezes são remunerados por isso). Senhores Manés, não tirem o emprego dos tradutores profissionais; reconheçam a limitação e peçam auxílio; ou, pelo menos, consultem um bom dicionário, para ver se a palavra existe.
Pesquisando pela Internet afora, descobri que a palavra vem sendo usada em larga escala! Achei até uma definição em um "dicionário de logística". Deve ser brincadeira...
Uma tradução aceitável para accuracy seria acurácia, mas, no universo em que vivemos, nós pobres mortais, precisão comunica muito melhor a idéia.

Eleição

Bom, agora já passou. Todo mundo que me conhece sabe em quem eu votei, e deve saber que estou alividado. Critiquei muito a imprensa, e me afastei de todo tipo de noticiário. Passei a me informar exclusivamente pelos Blogs, de simpatizantes declarados, como o Mino Carta, e de jornalistas que sempre me agradaram pela isenção, como Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif (engraçado foi que descobri hoje que o Flávio Gomes, blogueiro que fala de automobilismo e que leio sempre, também é simpatizante do Lula; nada a ver e tudo a ver).
Acompanhei a apuração na casa de um amigo de longa data. Comemoramos na casa de um vizinho dele, Português, desses bem comunistas mesmo, que já não se encontra mais. Mas a comemoração acabou cedo, com um Yuri telefonando: "pô pai, cês vão demorar? Tá chato comemorar sozinho...". Não basta ser pai...

Schumacher

O GP Brasil passou e não escrevi uma linha sobre Schumacher, o que, pra um cara que acompanha a fórmula 1 desde quando Reginaldo Leme usava calças curtas, é imperdoável. Bom, a semana passada foi muito apertada, e não queria escrever com pressa.
Dizer que Schumacher é o maior não acrescenta nada. É sabido por todos dos resultados dele ficarão aí por muito tempo. Não vejo condições dos pilotos que aí estão igualarem o que ele fez. Muita gente diz que com o carro que ele teve foi fácil, mas não é bem assim. Rubens Barrichelo e Eddie Irvine tiveram o mesmo carro, e não fizeram tanto (mesmo tendo que acatar as decisões estratégicas da equipe). Mas alguém se lembra do que era a Ferrari antes de Schumacher? Pois é, será de quem o mérito? Muita gente diz que Schumacher usou de desonestidade para ganhar, mas é fácil lembrar de situações em que Alain Prost e Ayrton Sena fizeram igual.
Minha única crítica é a de que a coisa na era Schumacher ficou tão desigual que perdeu a graça. Cheguei a ficar um ano "afastado" da F1, porque já sabia qual seria o resultado. Schumacher e Ferrari foram perfeitos. Me dói lembrar que, na única corrida de F1 que tive a oportunidade de ver ao vivo, vi o Schumacher dar uma única volta. Ele marcou o tempo na classificação e rodou logo em seguida; na corrida, bateu na primeira curva e ficou de fora.
A F1 do ano que vem vai ser diferente. Jenson Button e Felipe Massa devem dar trabalho pro resto, que troca de equipe e tem que se adaptar ao carro novo. não espero nada de impressionnante.

Privatização da Amazônia

A lei 4.776 de 2005 deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. Como assim, privatizar a Amazônia? De fato, há pouca informação concreta circulando e precisamos ficar de olho, fiscalizar mesmo o andamento dessa questão. É fato que a forma de exploração da Amazônia hoje é um fracasso absoluto e está matando a floresta. Conheço estórias de arrepiar os cabelos, que me foram contadas por um tio da Alê, madeireiro. de qualquer forma, até o Greenpeace fez uma declaração defendendo a lei, se é que a opinião deles vale alguma coisa (sempre achei os interesses do Greenpeace meio embaçados). Mas vamos lá: no Blog do Luís Nassif tá rolando uma discussão interessante, com alguma informação. O comentário dele de que a proposta é semelhante ao que aconteceu no litoral norte de São Paulo me animou muito. Quem conhece aquela região, de São Sebastião a Ubatuba, sabe o quanto a Mata Atlântica foi preservada. NÃO DEIXE DE ACOMPNHAR!

domingo, outubro 29, 2006

Café do Yuri

Yuri fez o café hoje. Descobrimos que o que sobrou, se bem diluído, vai servir pra envernizar uns móveis.

A propósito, esta ferramenta online permite calcular a dose de cafeína que te levará à morte. Indispensável para o homem e mulher modernos! O café do Yuri não está na lista por ter saído da escala. Nos cálculos devia dar uma três xícaras.

Indecisos


Os indecisos são pessoas que aparecem nas pesquisas em é poca de eleição. Tive ontem a oportunidade de registrar fotograficamente um indeciso, e coloco aqui a imagem para quem nunca viu. National Geographic aí vou eu!

sábado, outubro 28, 2006

Adeus Renault, olá Citroën

Durante os últimos três anos fui defensor ferrenho dos automóveis Renault, e, certamente, muitos amigos já ficaram de saco cheio com os meus elogios ao Scénic. Pois é, o Besouro Verde, meu Scénic do coração, já não mais faz parte da família. Seu lugar foi ocupado por um Picasso prateado (que pode, nos próximos dias, ser definitivamente batizado de Bala de Prata se não surgir nome melhor). Resolvi deixar a Renault por dois motivos: o excelente negócio que me ofereceram na Citroën em troca pelo Picasso, e a decepção geral com o atendimento da Renault, que me fez retornar à oficina com o carro após a conclusão do serviço nas últimas quatro vezes que precisei deles, e simplesmente me ignorou quando apareci lá pra tentar trocar o Scénic por um mais novo. Continuo defensor dos automóveis Renault, mas o atendimento deles, que já foi considerado o melhor no Brasil, vai de mal a pior. Quanto ao Picasso, até agora parece bom, exceto pelas piadinhas que fico ouvindo o dia todo.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Ah, os títulos...


E The Wicker Man (O homem de palha) virou O sacrifício. Assisti o original O Homem de Palha em 1900 e calça curta, mas lembro bem que a grande surpresa do filme era exatamente o sacrifício! Mais uma bola fora dos malucos que adaptam os títulos dos filmes...

quinta-feira, outubro 26, 2006

O cúmulo da diversidade


Diz a estatística que eles são um em um milhão. Acho que, pra começar, eles são dois, e que já rolaram mais de milhões de gemeos, e nunca vi nada igual. Se bem que não entendo nada de estatística. Layton & Kaydon, os gêmeos em preto & branco, podem ser um sinal da natureza para colocar abaixo coisas estúpidas tipo The Bell Curve e outras teorias racistas. Antes de tudo, somos todos gente.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Diversidade


Situação inusitada aqui no DF: dividindo o mesmo galpão, uma casa de strip-tease e uma igreja evangélica. Até onde sei, convivem pacificamente. Quem sabe o mundo ainda tem esperaça. Viva a Diversidade!

Ninjas do trânsito

Tá lá o primeiro post do "Ninjas do Trânsito", onde pretendo exorcizar os demônios que trago pra casa a cada jornada pelas ruas do Distrito Federal. Entre, leia, comente, xingue...

terça-feira, outubro 24, 2006

Trinta anos de atraso


Esse é o tipo de coisa que me diz que a minha infância podia ter sido mais legal. Uma evolução do paint-ball que dá até vontade...
Ah, não deixe de ler os comentários na página original!

domingo, outubro 22, 2006

Prove você que é inocente!

No Blog Contrapauta um texto interessante sobre as ONGs fiscalizadoras da mídia e a atitude da nossa grande imprensa nos processo de indenização aos proprietários da Escola Base, que em 1994 foram injustamente acusados em massa pela mídia jornalística brasileira de abusar sexualmente de crianças em idade pré-escolar; os envolvidos tiveram suas vidas destruídas, e os responsáveis, leia-se a indústria da mídia jornalística, vêm recorrendo seguidamente das decisões da justiça, quando desfavoráveis.
O texto mostra que a presunção de culpa aplicada pela nossa imprensa (atitude que contraria o artigo 11 da Declaração Universal dos Direitos do Homem) não começou hoje. Cuidado, a próxima vítima pode ser você!

Lucky # Slevin


O programa gerador de títulos aleatórios para filmes estrangeiros a serem lançados no Brasil resolveu batizar este de Xeque-Mate (se não for aleatório, o algoritmo deve ter uma coisa do tipo if prop="tabuleiro de xadrez" then title="Xeque-Mate"). Tenho a esperança de que um dia os filmes lançados aqui terão seus títulos adaptados por pessoas de carne e osso, dotadas de cérebro e que tenham assistido ao filme. (Discutindo aqui com a família, a Alê disse que podia ter sido pior: o título podia ter sido "O gato e o rato")
Seguindo uma linha Tarantino/Guy Richie, é um filme bacaninha, com uma direção de arte inspirada (apesar do excesso visual generalizado), diálogos divertidos e estória supimpa. Fica longe dos modelos que usou (os diretores citados anteriormente) e do Hitch, que era o mestre em contar estórias do "homem errado", mas, sem dúvida, vale o ingresso/locação.

De volta?

Depois de me deixar de molho por uma semana, parece que o Blogger voltou a funcionar. Vou tentar recuperar lá do fundão da minha cabeça as coisas que ia colocar aqui...

sábado, outubro 14, 2006

Adeus, Torrentleech

Depois de "lutar" contra todas as adversidades conectivas do mundo dos torrents, fui finalmente banido do torrentleech (depois de três semanas). Fiquei um pouco decepcionado, principalmente porque mantive compartilhados todos os arquivos que baixei de lá 24 horas por dia, e mesmo assim não consegui manter a relação download x upload ao meu favor. Acabei observando alguns aspectos interessantes:

- O Torrentleech mantém o registro dos arquivos que você compartilha, mas isso de nada vale na classificação do usuário, ou seja, se ninguém se interessar pelo que você mantém compartilhado, de nada adianta compartilhar um monte de coisas;

- Se você não se interessa pelos arquivos mais disputados, na crista da onda do download, vai se dar mal, porque arquivos mais antigos tem grande disponibilidade e são menos disputados, ou seja, você baixa rapidinho, mas ninguém copia de você, e aí, adeus rating;

-Se você não acessa o site com freqüência não vai saber que seu rating está baixo e que está na berlinda;

Mandei uma mensagem pra eles fazendo essas observações, que, provavelmente, não será lida.

Se alguém souber de uma outra comunidade de torrents que seja confiável e que tenha arquivos criptografados, agradeço um convite.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Dália Negra


A obra do James Ellroy foi o tema da minha tese de mestrado. Brian DePalma é (será?) o cineasta de que mais gosto (minha videoteca que o diga!). Conclusão: Dália Negra seria um grande favorito ao posto de meu filme favorito favoritíssimo de todos os tempos. Eu mesmo pensei isso, e, confesso, esperei por isso. Até ver o filme. Decepção talvez seja muito forte para descrever minha reação, mas não fica longe disso. O filme é muito bem feito, técnica e esteticamente impecável, mas acho que faltou alguma coisa. O livro tem um clima pesado e obsessivo, que não passou para o filme. No livro, o sentimento de decadência da Los Angeles pós-guerra, em contraponto ao boom de desenvolvimento alardeado na época, permeia toda a trama e, de certa forma o assassinato de Elizabeth Short e o desmantelamento parcial do gigantesco sinal HOLYWOODLAND (evento que não é nem citado no filme) são marcos de um momento na história em que as coisas passaram a correr ladeira abaixo. O filme nem toca no assunto.
Adaptar Ellroy para o cinema é um trabalho ingrato. Tudo que ele escreve tem 500 personagens, dezenas de tramas e subtramas correndo em paralelo, e uma verborragia incontrolável. Peneirar a essência é muito difícil, principalmente quando esta verborragia tem um impacto fundamental no leitor. É verdade que muitos dos diálogos foram transpostos ipsis literis, mas outros foram fortemente simplificados. Outra coisa que me incomodou foi a alteração de alguns eventos da trama. Na adaptação, muitas vezes é necessários condensar vários acontecimentos em uma só cena, ou fazer um personagem executar as ações de vários outros, para acelerar a trama. Mas criar um novo ambiente, uma nova situação em momento completamente diverso para um evento-chave na trama é injustificável. Chegar a uma solução como que por mágica, também não me agrada. Diz a lenda que o corte original do filme tinha mais de três horas. Quem sabe no DVD...
Dália Negra é um bom filme, mas não é um grande filme, e, possivelmente, não vai agradar os admiradores de James Ellroy. Como li por aí, talvez David Fincher não devesse ter abandonado o projeto...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Sai Plutão, entra...


Foi anunciada hoje, no 38th Annual Division of Planetary Sciences Meeting em Pasadena, California, a existência de um planeta orbitando a estrela Epsilon-Eridani. É um momento a ser lembrado. Daqui pra frente, tudo vai ser diferente...
A descoberta deve muito às imagens captadas pelo telescópio Hubble (êta negós bacana, sô!)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Here they come... here they come...

PRIMUS. Tiveram um papel importantíssimo na minha vida. Entre outras coisas me mostraram a complexidade da mente feminina. Explico: foi no show do Faith no More, na semana em que o Gordo tinha acabado de arrumar o Sailing in the seas of cheese; estávamos como que possuídos pelo espírito de Les, Larry e Tim; usamos todos os momentos de pausa sonora entoando o chorus de Here come the bastards; Minha adorável esposa, com sua adorável e enorme barriga que continha nosso adorável e ainda não nascido filho, chegou ao final da noite à beira da histeria, do tipo "PELAMORDEDEUSPAREMDECANTARESSAMERDA!"; meses depois cedeu aos encantos rítmicos do PRIMUS, e virou uma tremenda fã! Obviamente, Yuri já nasceu fã de PRIMUS. Essa música que definimos aqui como "o som mais estranho que te faz pular" (ou seja, mais estranho que isso, nem música deve ser...) é unanimidade aqui em casa. Ouvir PRIMUS é uma das atividades absolutamente familiares que temos em nosso currículo (se uns colegas daqui souberem disso, provavelmente param de vir aqui em casa!).
Esse DVD, obviamente, já estava na minha lista de aquisições para um futuro próximo. Aí vem meu primo-quase-irmão Marcelo e me manda o DVD. Depois me cobram que não consigo executar o que planejo. Impossível, com esse tipo de influência externa.
Show de 2004, com a formação original (Les, Larry & Tim), com 2h35min, com uma breve seleção de músicas diversas e o Frizzle Fry completo, de cabo a rabo! Nunca tinha visto uma música completa do PRIMUS ao vivo, só fragmentos. Nem consegui acabar de assistir pra vir postar aqui. Provavelmente a baba no teclado vai trazer conseqüências desastrosas, mas não me segurei. Estou em estado de graça. Marcelão, ainda bem que cê tá em Vitória, senão ia levar um beijo na boca!
Obs.: Segundo a Alê, o Gordo está a cada dia mais parecido com o Les Claypool (cuidado, Soraya!)
Obs 2: ainda não acabou e continuo babando!
Obs 3: o som do Carruthers é de virar as tripas! pena que parece uma peça de mobília de casa de avó...

terça-feira, outubro 03, 2006

Os filmes que você não viu - O Gigante de Ferro


Ao acabar de assistir "O Gigante de Ferro" (Warner,1999), fiquei com a cabeça cheia de perguntas. Como é que pode um filme como esse ficar fora do circuito comercial? Logo do começo, percebe-se que esse não é um desenho animado qualquer: "O Gigante de Ferro" é um bom filme. Adaptado do livro de Ted Hughes (escritor, marido de Sylvia Plath), pelo genial diretor/roteirista Brad Bird (que hoje já tem em seu currículo o fantástico "Os Incríveis") o filme trata do velho tema do medo do desconhecido de uma forma criativa e agradável, com diálogos bem escritos e um visual surpreendente. Abrir mão dos números musicais, tão comuns à época nas animações de grandes estúdios Norte-Americanos foi um decisão acertada: lembro da incrível a sensação de passar oitenta minutos diante de uma animação de primeira sem ter que ouvir um número musical sequer. Não que não existam músicas no filme, mas elas estão inseridas em forma de trilha musical, como outros filmes, e não interpretadas pelos personagens. Falando em personagens, "O Gigante de Ferro" tem um grupo fantástico: o garoto, cheio de fantasias que ele vê se tornarem realidade; o artista, pioneiro na reciclagem (a estória se passa nos anos 50); o agente do governo, uma espécie de reflexo negativo do garoto, vendo seus medos se tornarem reais. Desenhados com traços agradáveis, levemente caricatos mas perfeitamente encaixados com o realismo da animação, os personagens permitem uma identificação do público: que garoto de dez anos não gostaria de um amigo de metal com trinta metros de altura (ah, Frankenstein Jr...)? A animação é primorosa, conseguindo uma fusão perfeita de animação convencional e CGI, num resultado muito superior a, por exemplo, "Titan A.E. " (Fox,2000). "O Gigante de Ferro" consegue aproveitar tudo que a tecnologia oferece sem colocar na tela imagens que gritem "ÊI, ESTAMOS USANDO O QUE HÁ DE MAIS MODERNO EM ANIMAÇÃO". A tecnologia empregada na realização do filme está antes a serviço da estória, e não o contrário, como estamos infelizmente vendo em tantos filmes produzidos recentemente (só pra citar um, "Dinossauro" da Disney nem se preocupou em criar uma estória, apenas copiou descaradamente a série "Em busca do Vale Encantado" de Don Bluth, e, ironia do destino, foi provavelmente uma das causas mais forte do fracasso de "Titan A.E.", do mesmo Bluth). "O Gigante de Ferro" não é um filme revolucionário, nem vai ser um marco na história do cinema, mas, certamente é um filme que muitos pais teriam prazer de assistir no cinema junto com seus filhos. Eu teria, se as distribuidoras tivessem me dado essa chance. Graças ao Criador pelo o DVD!

Boa noite, e boa sorte


Dentro do momento histórico em que estamos vivendo, "Boa noite e boa sorte", vem bem a calhar. Contando a história dos homens que tiveram a coragem de abrir os olhos dos cidadãos Americanos para os abusos do Senador McCarthy e sua caça às bruxas, o filme pode nos abrir os olhos para situações semelhantes que testemunhamos hoje, em que qualquer boato tem peso de prova na condenação de pessoas, seja pela imprensa, seja pelos políticos. É triste ver que, quarenta e sete anos depois do discurso proferido por Edward Murrow nos minutos finais do filme, optamos por deixar que a televisão, com todas as possibilidades maravilhosas que apresenta, seja apenas "uma caixa com fios e luzes".

domingo, outubro 01, 2006

Eleições

Na escola onde votamos, eram três seções. Quando chegamos, duas estavam absolutamente vazias, e uma com uma fila bem grande. Adivinhem qual era a nossa?

Tivemos alguma dificuldade em localizar nosso local de votação: algumas seções tiveram alteração de endereço, e, um documento meio confuso em pdf, que baixamos do TREDF, dava a entender que a nossa era uma delas. Na dúvida, descobrimos por telefone que não havíamos mudado.

A organização aqui no DF é que é nota 10: uma feira de automóveis usados nas ruas em volta da escola inviabilizou o acesso ao local na parte da manhã, o que provavelmente contribuiu para a fila que encontramos na hora dol almoço.

Incrível a quantidade de gente que vimos na rua fazendo todo tipo de propaganda eleitoral. Incrível a ausência de "autoridades" na rua recolhendo esse pessoal, como deveria ser...

sábado, setembro 30, 2006

Próximas notícias

Do jeito que as coisas vão, só estou esperando a manchete:

"Responsáveis pela queda do avião da Gol são do partido do Candidato LULA!"

"Petistas negam, desavergonhadamente, envolvimento com o acidente, apesar de depoimentos incontestáveis de testemunhas desconhecidas"

"Pipoqueiro do Palácio do Planalto é descoberto com passagem da Gol!"

em resumo, tô de saco cheio!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Brick

Nada melhor que assistir um filme sem nenhuma expectativa e descobrir uma pequena obra-prima. Brick é algo desse tipo. Nunca tinha ouvido falar do filme, peguei por falta de opção.
Imagine o universo noir, na Califórnia dos anos 40, com femmes fatales, detetives durões e levemente corruptos, criminosos levemente simpáticos. Agora encarne os personagens em adolescentes californianos contemporâneos, e leve a trama pra uma típica high-school.
Criativo e, até, engraçado. A linguagem dos malandros da década de 40 na boca de adolescentes do novo milênio chega a ser surreal, mas a maneira como todos os clichês do gênero foram adaptados ao contexto é coisa de gênio. Rian Johnson é fã confesso de Dashiell Hammet (ainda que Brick me lembre muito mais Raymond Chandler), e parece ter o noir no sangue. A trama, rocambolesca como pede a tradição noir é totalmente previsível para os que estão familiarizados com esse estilo, mas, ainda assim, é um filme delicioso de assitir. Pena que ficou fora do nosso circuito comercial.

domingo, setembro 24, 2006

Silent Hill



Silent Hill de novo. A segunda vez foi ainda melhor que a primeira. Ainda não entendi o que viram de tão ruim no filme. A estória é legal (não é Shakepeare, mas dá pro gasto), os personagens bacaninhas, o visual impecável ("tia" Carol Spier está no ápice da insanidade e competência), o roteiro bem coerente... não sei realmente o que esperavam esses que andam criticando.
Vendo os documentários sobre a produção, me chamou a atenção o trabalho intenso dos coreógrafos e bailarinos (muitos) para criar e levar à tela os "movimentos perturbadores" das criaturas. A maneira como as criaturas se movem chocam tanto, ou mais, que o aspecto visual.
Desses filmes que vai dar pra ver muitas vezes!

Logo?



Essa coisa de blogger não me permite publicar nada desde domingo (15.10). Até lá, estou publicando no Multiply (link à direita da página)

Comida mexicana, de novo!


Bom, a mania aqui em casa começou com "Era uma vez no México", do Robert Rodriguez, que trazia no DVD a receita do tal puerco pibil (se bem que antes o Tom Burns já tinha nos apresentado à guacamole). Hoje foi dia de chili, com convidados altamente especiais (se bem que os mesmos de sempre): QK, Ana e Luziana, irmã da Ana (essa nova no pedaço). Desnecessário dizer que nos empanturramos com o tal de Chili, devidamente acompanhado de nachos autênticos, contribuição de QK e Cia, ao som de "Buenas Tardes Amigo" que de mexicana só tem o clima. Em tempo: a Globo exibe na segunda "Era uma vez no México, faroeste trash de primeira, mas que, infelizmente, não deve trazer a recita do puerco pibil. Ainda assim, não perca!

terça-feira, setembro 19, 2006

Fiasco à vista


Antes de mais nada vou admitir aqui que sou fã incondicional de Asterix desde que me entendo por gente, e que comecei a ler os quadrinhos muito antes de ter capacidade para entender a maioria das piadas. Apesar disso, o comentário a seguir vem desprovido de fervor religioso ou equivalentes.
O Brasil tem uma grande tradição em dublagens, pricipalmente de desenhos animados. Temos dubladores de primeira linha, que, em muitas vezes, superam as vozes originais nos desenhos gringos (quem já viu os Flintstones com as vozes originais, vai me dar razão).
Se assim é, onde está com a cabeça um cidadão que me coloca Sabrina Sato e Cia. como dubladores de "Asterix e os vikings"? Gente, temos profissionais da área que estão entre os melhores do mundo! Será que depois do fiasco que foi o Bussunda dublando Shrek não deu pra perceber a mancada? (Bussunda era um cara MUITO engraçado, e super competente no seu trabalho com o Casseta, mas nunca foi ator...). Não basta ser famoso pra conseguir sucesso como dublador (entenda aqui "sucesso" como um bom resultado), tem que entender do ofício. Sei que estou aqui dizendo que "não vi e não gostei", mas, convenhamos, o talento dessa galera aí está em outra área. Vamos deixar que brilhem onde são competentes, e evitar que ofendam os ouvidos dos pobres espectadores... tenham paciência!

O problema é o dinheiro

Fiquei sabendo que uma atriz dessas da Globo andou fazendo o maior drama por causa de uma foto sua que se espalhou por aí. Na foto, a saia acidentalmente levantada revelou que estava sem calcinha. Diz que ela esteve num desses programas e que chorou, dizendo que tem mãe, e coisa e tal... Bom, o que quer que tenha sido exibido na foto, já havia sido exibido muito mais explicitamente em revistas masculinas por aí. E qual a diferença? Talvez, que a exibição anterior tivesse sido regiamente paga, e agora, a exibição era gratuita...

De volta




Voltei. Fiquei uns dias de molho por conta de um vírus que me pegou. Seria de mal gosto descrever aqui os sintomas, mas garanto que não foi fácil, principalmente com a seca que anda rolando por aqui.

segunda-feira, setembro 11, 2006

O voto inválido

Tenho recebido uma enxurrada de mensgens, por todos os meios, conclamando ao voto inválido, como protesto contra a política que aí está. Vale uma reflexão mais séria sobre o assunto. Este artigo discorre sobre motivos e prováveis conseqüências e riscos desse protesto. É bom ver todos os lados da coisa, antes de tomar uma decisão.

A luz no fim do túnel

Aparentemente alguns cidadãos Norte-Americanos tem idéias bem claras de como dar uma guinada definitiva na condução daquele país, sugerindo um líder de peso, que, certamente, mudará os rumos da história. Enquanto a polícia se ocupa em descobrir o autor do recado, o dono do prédio se diz satisfeito se alguém lhe explicar quem é Les Claypool... (mais? Aqui!)

domingo, setembro 10, 2006

Pac Man, Pac Man, Pac Man...

Sem comentários... essa coisa me persegue...
Maiores detalhes aqui!

Fora do contexto

Hoje liguei o rádio e ouvi a seguinte frase, na CBN, intervalo de Botafogo e Flamengo: "O projeto prevê que apenas torcedores poderão fazer parte das torcidas organizadas...". Como assim? E as beatas carolas de São Pedro do Passa Quatro? Ficam de fora?

Chakal


Difícil pra mim falar do show do Chakal abrindo pro Slayer. Difícil porque eu queria é estar lá, em cima do palco.
Nem o som baixo conseguiu matar o Chakal, e o público fez bem o seu papel. Certamente "War drums" e "Demon king" já tem seu lugar juntinho de "May not the mankind suffer" e "Jason lives". Pena que foi tão curto. Pena que "Jason..." é longa demais e teve que ficar de fora. Pena que eu não tava lá em cima. CHAKAL RULES!

Pac-Man again

Nos últimos dias o Pac-Man tem aparecido inistentmente na minha vida. Começou com um email do Gordo, depois um post no Macarronada, comentários de colegas no trabalho (colegas diferentes com comentários diferentes). Agora aparece esse baixo. A intenção do André em me mandar a foto foi a quantidade de cordas do negócio, ou seja, nada a ver com o Pac-Man. Mas, é lógico, que os botões me chamaram a atenção de cara. Vai ver é um sinal. Quem sabe o Gordo não está certo? Talvez haja muito mais no Pac-man do que imagina nossa vã filosofia.
Quanto aos baixos com muitas cordas, exceto pelos oitavados, que considero só um exagero, acho que essa quantidade de cordas, no mínimo, desnecessária. Viva as 4 cordas!

sábado, setembro 09, 2006

Destroçando os dedos com o brinquedinho

Sábado de manhã. Hora de aproveitar o ócio danificando permanentemente as impressões digitais com as cordas do tal baixo vertical. Não sei se aprendo a tocar o troço, mas não ter impressões digitais pode ser útil.

sexta-feira, setembro 08, 2006

De magros cabeludos a carecas barrigudos

Ainda no assunto Slayer em BH: no final da apresentação do Chakal, olhei em volta e vi o bando de metaleiros "aposentados", o meu bando.
O metal em BH foi um movimento fantástico, que rendeu muita coisa boa. Foi trabalho daquela galera ali. Todo mundo contribuiu de algum jeito: como músico, escrevendo letras, traduzindo letras, respondendo cartas, escrevendo releases, desenhando capas de disco, cartazes e ilustrações diversas, indo aos ensaios, carregando, montando e desmontando o que quer que fosse, emprestando uma garagem ou um quartinho pra ensaio, apoiando, criticando...
Fizemos tudo isso por amor. Nenhuma grana saiu disso, na maior parte das vezes. Éramos remunerados só com amizade. E, apesar de todo tipo de rivalidade que rolou na época, ainda dá pra sentir um espírito de união ali, uma coisa que a molecada que toca o barco do metal hoje não vai encontrar nunca. Na selvageria dos direitos autorais da nossa época, não há mais espaço pra esse tipo de coisa...
Sem nostalgia. É pura constatação.

Slayer em BH

Bom, ir onde quer que seja pra dizer que o show foi muito bom é, no mínimo, chover no molhado. É lógico que depois de quase vinte anos ouvindo Araya, King, Hanneman e Lombardo a gente fica meio suspeito pra comentar o primeiro encontro ao vivo e em cores. Começou meio esquisito, embolado e com o som meio baixo, mas lá pela terceira música nosso fiel Stanley já tinha resolvido o problema. E foi isso tudo que a gente esperava. Ou quase. Não esperava que o Tom Araya fosse tão gentil, humilde e educado. Cara bacana, bem diferente do que imaginava.Valeu. Lavamos a alma. Valeu dirigir os mais de 1500 km (ida e volta). O pescoço tá meio travado até hoje, e ainda dói fazer certos movimentos. Mas é o preço.

quinta-feira, setembro 07, 2006

A muié dend'água


É certo que eu sou um cara do tipo manteiga-derretida-que-chora-até-em-propaganda-de-gelol, mas achei o filme emocionante. Pra não dizer muito, tem um time bacana de personagens esquisitos, mas possíveis, num estória bem legal. Um conto de fadas, como prometia o subtítulo, desses que faz a gente pensar um pouco, mas nada muito profundo. Uma estória do tipo que a gente precisa ver de vez em quando, pra ver que o mundo não é só desgraça, mas que também não é só a gente!

O começo do fim


Sete de setembro parece um bom dia pra começar. Foi nesse dia, há quinze anos que minha família começou oficialmente. John Lord entrando com a noiva, eu de terno rosa, montes de cabeludos com os micróbios devidamente amarrados na cintura, oficializando uma bagunça que começou no show do Eric Clapton, quase um ano antes.
Encaramos dezenas de shows de todo tipo de rock, dificuldades financeiras muitas, aprendemos a ser pais, largamos tudo e fomos pra longe de todos. Ainda estamos juntos, o que é bom sinal.
Sentado aqui, vendo o mesmo Clapton, tão mais velho quanto eu, penso no nosso futuro, e vejo que não sou vidente. Então, deixo pra lá e curto o presente.
Uma mulher fantástica, um filho do metal, e uma cadela bacaninha. Preciso de mais alguma coisa?