sábado, dezembro 02, 2006

Del Toro é maluco

Illabirintodelfauno Que contos de fadas são coisas absurdamente assustadoras, todo mundo sabe. Estórias das mais inocentes, tipo João e Maria, estão infestadas de coisas tipo abandono de crianças, seqüestro, trabalho escravo, encarceramento, tortura, assassinato...
"O labirinto do fauno" parecia um filme razoavelmente inocente no trailer: uma menininha precisa cumprir três tarefas para se tornar a princesa do mágico mundo subterrâneo. Mas, coloque a estória na Espanha pós guerra civil, junto de um pelotão do exército que procura terroristas em uma região rural. Adicione um capitão absurdamente sádico, e a mãe da menininha que, vendo uma maneira de ter alguma esperança na vida, se casa com o infeliz.
Não é um filme para crianças. Muito violento, muito explícito, uma clima muito ruim o tempo todo, os monstros são assustadores demais para os pequenos... filme pra gente grande. Visual bacana (as noites nos filmes dele são tão azuis), estória muito boa e muito bem contada. Del Toro é outro que ainda não pisou na bola. E tomara que continue assim. Diz a lenda que o próximo trabalho dele é levar "Nas montanhas da loucura", do Lovecraft, pro cinema. DUCA!

A partir de

Esse é um golpe que tá por todo lado, as promoções "a partir de". Você vê o cartaz anunciando, digamos, CDs "a partir de" R$ 9,90, chega lá e não acha nada nesse preço, tudo a R$ 29,90, R$ 39,90... aí, sente que perdeu tempo à tôa. Hoje fui comprar uma camisa numa promoção "a partir de" R$ 19,90. A dita cuja estava sem etiqueta de preço, outra coisa que me irrita. Quando apareceu a etiqueta, o preço era R$ 35,90. Reclamei do "a partir de", e a moça disse que os preços variavam por causa da cor. Voltei lá e peguei pra ela ver quatro camisas do mesmo modelo e da mesma cor, diferente da que eu estava levando, com etiquetas de preço que diziam R$ 19,90, R$ 24,90, R$ 29,90 e R$ 35,90. Argumentei que a loja era uma bagunça e que eles se aproveitavam disso para escolher o maior preço para cobrar do cliente. A moça, constrangida, me vendeu a camisa por R$ 19,90.
Bem que o tal CDC podia proibir o "a partir de". Por quê não colocar "preço máximo de..."? Aí sim a coisa fica com cara de promoção!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

The Cult

The Cult no Brasil na próxima semana. Vão tocar até em BH. Engraçado que, quando morávamos em BH, ninguém tocava lá. Bom, dia 8 tocam no RJ, e eu, coincidentemente, vou estar lá. Pensando se vale a pena ir ver.
O caso é que tenho aqui um DVD do Cult ao vivo, e o desempenho do Ian Astbury é de dar dó. Vou resolver quando chegar lá...

quinta-feira, novembro 30, 2006

Verdade virtual

Inaugurei hoje o "verdade virtual" um blog que defende a inexistência da verdade. Reflexo do que Jean Baudrillard e Noam Chomsky têm feito com minha cabeça...

Séries: balanço

Séries
Lost: Que porre. Interrompido até fevereiro. Só deram uma pausa na encheção de lingüiça. Será que vou me lembrar de continuar a ver essa coisa em fevereiro?
Jericho: Ainda acho estranho os efeitos da radiação estarem tão restritos. O pique já caiu muito, e algumas soluções, como a expulsão dos mercenários, me deixaram assim, meio, tipo, "ah, tá bom!".
Masters of horror: O primeiro episódio tinha Tobe Hooper e Richard Matheson, mas ainda não vi. Os outros dois, de master não tinham nada; muito fraco, principalmente se comparado com a primeira temporada.
Heroes: muito bom; apesar da semelhança com X-men e 4400, está muito bem conduzido e mantendo o pique; ainda dá vontade de saber o que acontece com o japonês que controla o tempo e o espaço, o candidato voador, a líder de torcida invulnerável, o irmão do candidato que absorve os poderes de quem está perto, o policial telepata, a Sra. Jeckill / Sra. Hide,, o pintor junkie que prevê o futuro, e o negão apagador de memórias. MUITO legal!

(lost in the supermarket) 28 day later

De novo no supermercado. Enquanto tirava as compras do carrinho, no caixa, um cidadão insistia em arrumar as revistas no display. Vinha com um punhado de revistas nas mão, me interrompia, colocava as revistas na estante, saía, pegava mais revistas, voltava, me interrompia... lá pela quarta interrupção perguntei se ele não percebia que estava atrapalhando. O rapaz ficou MUITO ofendido, e saiu resmungando. O cliente, sempre, em último lugar...
Pra quem perguntou por quê coloco alguns títulos em inglês, respondo: quando o inglês tem alguma relevância. Neste caso, Lost in the Supermarket é uma música do Clash; 28 days later, um filme do Danny Boyle

Ecto

Comecei a experimentar um ferramenta de plublicação, que me permite escrever offline, depois publica quando estiver conectado. Se funcionnar direito, pode ser muito bom: tenho umas idéias quando estou trabalhando, e lá o Blogger é bloqueado. Ainda tenho 11 dias de teste antes de ter que pagar pelo programa!

terça-feira, novembro 28, 2006

Ninjas do Trânsito, a ressurreição

O Ninjas do Trânsito ressurgiu do limbo em que esteve por muito tempo, com uma mãozinha dos técnicos do Blogger. Está ativo, com novos aspectos pitorescos do trânsito da capital federal. Passe lá (tem um link à direita, no "Vale a pena ver"), veja, ria, chore, comente...

domingo, novembro 26, 2006

Seriados sem fim

Li em algum lugar que os seriados do tipo Lost, que não fecham uma estória por episódio, seriam uma tendência. O artigo elogiava a proposta, dizendo que, assim, havia a possibilidade de uma maior desenvolvimento dos persongens, trazendo uma riqueza nunca antes vista no mundo dos seriados. Pode ser. Porém, quando os criadores de Lost afirmam que têm planos para seis anos de seriado, a coisa aperta. Quem ainda não percebem o alto índice de encheção de lingüiça? Na segunda temporada foram pelo menos uns 10 capítulos sem nenhum acontecimento relevante. E tem mais. Se o desempenho junto à audiência não é satisfatório, o seriado simplesmente sai do ar, e o espectador fica com um monte de coisas sem explicação, como foi o caso do infeliz Surface. Os seriados com estórias fechadas em cada episódio, ou mesmo com arcos de estórias curtos, não padecem deste problema e, a meu ver, se bem trabalhdos, como Arquivo X ou Eureka, também têm espaço para o desenvolvimento de persongens. Demorar seis anos para contar um estória requer uma quantidade de talento que não se encontra todo dia.

Comida?


Comer está tão intimamente relacionado com a sobrevivência que, por muitas vezes nos esquecemos de considerar os vários aspectos agradáveis que a comida pode ter. Na foto uma amostra da obra da Dolores, carinhosamente batizada pelo Salim de bananá avec mangá amorá.

Fonte da Vida

Darren Aronofsky comeu o pão que o diabo amassou pra
colocar esse projeto na tela. Ver as centenas de milhões de dólares que seriam gastos na produção irem embora, acompanhando Brad Pitt, quando ele optou pelo célebre épico Tróia (eeeeeeca!) não deve ter sido fácil. Mas a persistência do cara é inaceditável.
Deixar de lado os delírios épicos e fazer um filme mais intimista foi não só a solução pro orçamento, mas acabou colocando o foco na reflexão. Imagino que o mesmo filme em escala de épico, não teria o mesmo impacto. Ficamos alguns minutos depois do final sentados em silêncio absoluto olhando pros créditos. A reflexão sobre a vida e o sentido da morte é forte, e muito próxima a todo mundo.
O visual escuro do filme, o clima pesado e triste (muito triste esse filme), a música de fundo que fica beeeeeem no fundo... a barra pesa o tempo todo, a decepção está ali, rondando a trama, se anunciando.
Definitivamente não é um filme pra todo mundo. A crítica Americana desceu o malho, dizendo que o filme é incompreensível, monótono, maçante. Pode ser, mas por trás do filme há muito a ser visto e discutido. Não cabe aqui decodificar o filme, como gostam de fazer alguns afeitos à intelectualidade. É tomar coragem e ir ver, mergulhar de cabeça, prestar atenção nos detalhes e refletir muito. É desses filmes que não acabam no final!