quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O faturamento das gravadoras e a pirataria

Dia desses um artigo do jornal inglês The Guardian anunciava a queda de faturamento da EMI. Como principal causa, apontavam uma queda de 23% nas vendas de CDs no último ano.
Conversando em casa, nos lembramos de várias coisas:
- Antigamente (antes do CD) as pessoas não tinham grandes quantidades de LPs em casa; eram raras as pessoas que tinham uma coleção de 50 LPs; hoje, ter mais de 100 CDs em casa é normal, ou seja, as gravadoras nunca venderam tanto.
- Na década de 90, os CDs eram vendido por preços próximos de R$ 10; era comum eu sair das Lojas Americanas com mais de 10 CDs debaixo do braço; comprava mais de 100 CDs por ano. Hoje, com a base de consumidores absurdamente ampliada, com os níveis de produção em níveis nunca mais vistos, o preço médio de um CD chega próximo de R$ 30. Vi na Amazon os CDs do Led Zeppelin, lançados há mais de 30 anos, sendo vendidos por US$ 15. Por quê, apesar da ampliação do mercado, os preços subiram tanto? Ano passado, comprei 5 CDs.
- A maioria das músicas que ouvíamos eram gravadas de LPs de amigos em fitas cassete, e não éramos chamados de criminosos por isso.
Me espanta muito que, apesar da queda nas vendas, nenhuma gravadora tenha pensado em reduzir os preços. Coloquem o CD à venda por R$ 10, e quem vai comprar pirataria por R$ 5?
Voltando ao que disse, sobre as gravações de discos de amigos, no meu dicionário isso não é pirataria, sempre fizemos isso. Esse negócio de direitos autorais está fora de proporção.

Apagão aéreo

Comentário sobre o "apagão aéreo" no Verdade Virtual. Link aqui pra quem não costuma ir lá...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Pérolas do Ingrês

Usar termos em inglês é legal às pampas e mostra uma superioridade sobre os outros pobres mortais. Vi numa camiseta neste final de semana, e, infelizmente não consegui fotografar: um nome próprio em letras amarelas (não me lembro do nome) e em baixo, em letras brancas CARNIVAL BLOCK.
Se me contassem, eu também não acreditaria...

Eletricidade é energia limpa?

Li um artigo há uns dias sobre um cara que colocou em Londres uma frota de táxis com motor elétrico. Muito interessante. Os automóveis elétricos tem tido algum destaque na busca pela redução da poluição. Mas será isso mesmo? A maior parte da energia elétrica produzida na Europa vem de usinas nucleares e termoelétricas, ou seja, não é NADA LIMPA. Tendo isso em mente, na busca por reduzir a poluição deveríamos estar é procurando meios de reduzir o consumo de energia elétrica. E estamos fazendo justamente o oposto. Como eu disse antes, o estrago já está feito. As ações agora precisam ver sempre o longo prazo!

Les is More!

Depois de anos de garimpagem, completei a discografia do Les Claypool, exceto por algumas participações como convidado...
Eu conhecia muito do Primus, mas o Les é muito mais.
Nesse momento tô ouvindo Oysterhead, Les, Stewart Copeland e Trey Anastasio; simplesmente indescritível. Menos malabarsmos (com Les e Stewart não dá pra chamar de simples) e um groove incrível.
Ouvir esse tipo de música não só inspira como mostra que não se deve ter medo de nada quando a questão é compor. Ponha tudo que vier na telha e depois tire os excessos. Ou deixe tudo lá. Talvez a regra mais eficiente seja não ter regras. (que cliché!)

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Histeria? Histeria Sim!

Antes que me massacrem, explico.
Histeria sim! O estrago já está feito. nenhuma ação que tomemos hoje reduzirá o aquecimento no curto prazo. já fizemos o estrago. Estamos agindo irresponsavelmente há gerações. Agora não adianta arrancar os cabelos. As ações tem que ser planejadas, em grande escala, para resultados a longo prazo...

Energia limpa

Nessa nova onda de histeria coletiva com relação ao aquecimento global, muito tem se falado em substituição dos combustíveis fósseis. A indústria automobilística brasileira deu um sério passo atrás com os motores flex.
A tecnologia de motores a etanol está madura e estável. O que faz, então, nossos célebres fabricantes de automóveis, adaptando os motores a álcool, reduzindo sua eficiência, para que possam funcionar também com gasolina?
Sim, reduzindo a eficiência. A adaptação foi basicamente reduzir a taxa de compressão do motor a álcool para que funcione a uma temperatura aceitável, quando queimando gasolina. Como resultado, há um aumento de consumo de combustível, e redução da potência. Enfim, consomem mais e andam menos, um resultado que vai na contramão da necessidade de se buscar motores cadavez mais eficientes. Há tecnologia que permite que a taxa de compressão do motor seja variável, mas não a um preço acessível. Ainda há um problema pouco divulgado: alguns níveis de mistura álcool/gasolina favorecem a separação da água, que fica depositada no fundo do tanque, prejudicando ou inviabilizando o funcionamento do motor.
A decadência do álcool como combustível, resultado da manipulação cruel do mercado pelos usineiros, pode ser uma explicação para o rumo que as coisas tomam. Mas sabotar uma tecnologia que poderia dar ao Brasil um destaque considerável na luta contra a poluição não me parece razoável.