sexta-feira, setembro 08, 2006

De magros cabeludos a carecas barrigudos

Ainda no assunto Slayer em BH: no final da apresentação do Chakal, olhei em volta e vi o bando de metaleiros "aposentados", o meu bando.
O metal em BH foi um movimento fantástico, que rendeu muita coisa boa. Foi trabalho daquela galera ali. Todo mundo contribuiu de algum jeito: como músico, escrevendo letras, traduzindo letras, respondendo cartas, escrevendo releases, desenhando capas de disco, cartazes e ilustrações diversas, indo aos ensaios, carregando, montando e desmontando o que quer que fosse, emprestando uma garagem ou um quartinho pra ensaio, apoiando, criticando...
Fizemos tudo isso por amor. Nenhuma grana saiu disso, na maior parte das vezes. Éramos remunerados só com amizade. E, apesar de todo tipo de rivalidade que rolou na época, ainda dá pra sentir um espírito de união ali, uma coisa que a molecada que toca o barco do metal hoje não vai encontrar nunca. Na selvageria dos direitos autorais da nossa época, não há mais espaço pra esse tipo de coisa...
Sem nostalgia. É pura constatação.

2 comentários:

Eduardo Davis disse...

Muito legal... só que não me encaixo no título... o meu título exclusivo seria: "De gordo muleque a gordo véio"
Continuo o mesmo estúpido no mosh...o show do Slayer serviu pra me mostrar isso. Me senti com 15 anos de novo. É incrível como que não muda nada até que o fôlego acaba. Mas com Chemical Warfare e Cia. em curso, não é difícil ficar sem ar. Discordo um pouco com relação às gerações mais novas; acho que eles tem condições de encontrar a mesma camaradagem que nós. As coisas não mudaram tanto. São pessoas diferentes, mas a amizade tem como ser tão especial como a nossa. Enfim...seu blog vai ser referência para mim. Te admiro muito e espero que vc. não desanime. Se vc. mantiver no blog uma pequena fração do que vc. absorve todos os dias, será ducarái! Abração a todos!

Anônimo disse...

ei, fio. tamos aqui, part of family,eu e rafa II, e vamos ve-lo de vez em qdo. quanto à época, pedras que rolam não criam limbo.... valeu, té mais