sábado, março 17, 2007

Miss Sunshine x Tideland

O fato de existirem mentes tão pervertidas a ponto de colocarem menininhas tão simpáticas em situações tão esdrúxulas é certamente o sinal do fim do mundo. Tanto Olive quanto Jeliza Rose comem o pão que o diabo amassou. E não se abalam. Olive com sua surpreendente (e convincente) maturidade, capaz de encarar o tio homossexual-suicida, o irmão maníaco, o pai obcecado com auto-ajuda ou o avô viciado. Jeliza Rose com sua imaginação prodigiosa, apoiada em suas quatro amigas imaginárias (verdadeiras amigas-cabeça), e no total abandono em que vive, consegue aceitar o vício do pai, para o qual ela, inclusive, provê toda a logística.
Se "... Miss Sunshine" é um filme leve, com uma mensagem positiva, apesar da tragédia, "Tideland" é uma pedrada, que só se torna assistível pelo clima onírico que Terry Gilliam impõe ao filme (ninguém, além dele seria capaz de contar esta estória). Se em um cresce a esperança, no outro cresce o desespero.
Pobres menininhas...

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