sexta-feira, abril 20, 2007

Sebos

Sempre fui rato de sebos. sou daqueles que não se cansam de garimpar livros embolorados em estantes sem fim. Porém, ultimamente, não consigo mais comprar livros em sebos.
Um fenômeno estranho colocou o preço dos livros usados muito próximos dos livros novos. Por exemplo, dia desses encontrei Estado de Medo, do Michael Crichton, por R$ 45,00 num sebo daqui; fui conferir na Livraria Leitura e custava R$ 60,00. Boa Diferença? não, se você contar que o livro estava bem amassado, com orelhas...
Tem um tempão que quero ler Musashi, mas ainda não tive coragem de pagar R$ 95,00 em cada volume; encontrei em um sebo de porto Alegre, por R$ 90,00.
Ah, e trocar livros é praticamente impossível. Fiz uma limpeza aqui em casa, levei 20 livros pro sebo, voltei com cinco.
Será que a síndrome do semi-novo contaminou os sebos? Preferia quando eram usados...

3 comentários:

Gi disse...

Os sebos pagam uma ninharia pelos nossos livros e depois vendem por preços de quase novos!!

Tales Lacerda disse...

Cara, tenho a mesma opinião que você. Só conhecia uns sebos ali no Maleta, mas começaram a aparecer outros aqui no Centro. Abriu um este mês na Rua Rio de Janeiro, em frente ao prédio onde está a Task. Fiquei lá depois do almoço algum tempo, escolhendo uns livros, e depois fui ver o preço. R$ 23 por um livro bem basicão. Não levei nada, corri pra Task e olhei o preço do novo no Submarino: R$ 32.

Esquisito, né? Mas pensei pelo lado dos caras... qual o preço justo? Se o cara vende 1000 livros por R$ 5 em 1 ano, não sobrevive do negócio, vira um ferro-velho em ponto nobre da cidade. Quanto deveríamos pagar por um livro usado?

drews disse...

É complicado discutir o preço justo, mas antigamente o esquema funcionava assim: o sebo comprava por 25% do preço do livro novo, e vendia por 50%, exceto pelos livros raros... agora, vender por 5 ou 10% a menos que o preço do livro novo só espanta o commprador...